A disseminação de espécies invasoras constitui um grave problema ambiental da atualidade. No caso das espécies de plantas invasoras lenhosas, o aumento constante e cada vez mais notório dos espaços ocupados por estas contribuiu significativamente para a deterioração dos ecossistemas.
O território do ABSG é afetado maioritariamente por duas espécies de Acacias, a mimosa (Acacia dealbata) e a austrália (Acacia melanoxylon), sendo que a expansão da háquea-picante (Hakea sericea) é cada vez mais significativa. As três espécies apresentam estimulação da germinação, e consequente propagação, associada à ocorrência de fogo, rápida expansão e formação de bosquetes muito densos. Nestes casos, a gestão florestal é comprometida, pois as espécies mencionadas impedem o normal crescimento das espécies autóctones e podem aumentar a vulnerabilidade do ecossistema ao impacto de um incêndio rural.
No ABSG, promovemos ações de controlo (mecânico e/ou químico) das espécies invasoras lenhosas de forma a dificultar e impedir a progressão dos núcleos e, subsequentemente, ações de restauro ecológico das áreas infestadas. Isto permite-nos manter o compromisso de contribuir para a conservação e manutenção dos serviços dos ecossistemas prestados no nosso território.
Métodos utilizados
O controlo de espécies invasoras lenhosas pode ser realizado através de diversas metodologias. Estas devem ser adequadas e selecionadas tendo em conta diversos fatores como o ciclo fenológico de cada espécie, a densidade e idade da população invasora, o tipo e as condições das comunidades nativas e de acesso ao terreno, entre outras.
Aplicação de entalhes e herbicida
Aplicação de entalhes no tronco até uma altura máxima de 1 metro. Os entalhes deverão ter profundidade suficiente para passar a casca e serem distribuídos no tronco até à superfície do solo. Aplicação imediata de herbicida por pulverização adequada e homologada pelas entidades competentes.