Texto da Noticia
Nos dias 24 e 25 de maio, o Parque Nacional da Peneda-Gerês foi palco dos Seminários Caminhados, uma iniciativa que convidou à profunda reflexão sobre a intrínseca relação entre natureza, propriedade e bem comum. Partindo das recentes discussões em torno do Programa Especial do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PEPNPG) e do seu Regulamento de Gestão da Área Protegida (RGAP), o evento explorou a complexidade da apropriação e do regime de propriedade em territórios predominantemente de baldio e privado. Os participantes foram desafiados a questionar “De quem é, afinal, a natureza?”, “Quem dela e nela pode por e dispor?” e se o uso dos recursos deve ser independente do regime de propriedade, sempre com uma perspetiva voltada para o Bem Comum, a Cidadania e o Futuro.
A primeira parte do seminário, entre Fafião e Pincães, contou com as intervenções de Rómulo Machado e Paulo Travassos, além de um orador local, que partilharam visões sobre a temática no terreno. A noite culminou com Contadores de Histórias, incluindo Ulisses Pereira e Luís Pinto, que apresentou uma peça sonora, trazendo uma dimensão artística e cultural à discussão.
No segundo dia, os seminários prosseguiram de Cabril a Lapela, com a participação de Joana Nogueira e Carlos Nuno, que abordaram novas perspetivas sobre o tema.
Antes do almoço, os participantes assistiram a uma apresentação de Celestino André, artista em residência, que trouxe uma visão singular e criativa para os desafios em debate relativamente à obra realizada. A tarde em Lapela foi marcada pelas contribuições de José Carlos Pires e André Barata, aprofundando as discussões sobre a condição humana e a relação com o ambiente.
A experiência imersiva e o contacto direto com a natureza permitiram uma reflexão genuína sobre a nossa responsabilidade coletiva para um mundo mais sustentável e equitativo.
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