Jornadas Técnicas dos Carvalhos

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JORNADAS TÉCNICAS SOBRE OS CARVALHOS

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IV Edição

DATA: 26, 27 e 28 de Outubro de 2018

TEMA: Educar para a Floresta Autóctone

LOCAL: Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, em Campo do Gerês, Terras de Bouro

Resumo

As Jornadas Técnicas sobre os Carvalhos completaram a sua 4ª edição nos dias 26, 27 e 28 de Outubro de 2018. Dão continuidade a um projeto iniciado em 2013 como corolário do objetivo partilhado por várias entidades e indivíduos de promoverem uma floresta portuguesa saudável e rica para aqueles que nela vivem e dela dependem, bem como proporcionar espaços lúdicos e de ócio aos visitantes.

Com a duração de 3 dias e formação acreditada para professores, estas Jornadas decorrem no Campo do Gerês em Terras de Bouro, em pleno coração do Minho e do único Parque Nacional, o da Peneda-Gerês, onde se encontra a Mata de Albergaria de uma riqueza natural única, assim como, diversas florestas de carvalhos. Os participantes, oradores, convidados e escolas são recebidos nos Museus de Vilarinho das Furnas e da Geira, para partilharem a sua experiência e conhecimento através de apresentações, debates, provas gastronómicas e momentos didáticos.

Em plena campanha de (re)arborização de 2017/18, as IV Jornadas contaram com a participação de 140 pessoas, incluindo 90 alunos do 4º ano do Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro, que se inseriram no Workshop para a comunidade escolar local, no projecto “PNPG Go – contribuímos para uma floresta mais autóctone”. Se a diversidade de temas tem atraído participantes de várias áreas a participar nas jornadas, a abordagem multidisciplinar, próxima e prática, traz a estas jornadas um grupo de participantes que se tem mantido regular.

Para as IV Jornadas Técnicas sobre os Carvalhos elegeu-se “Educar para a Floresta Autóctone” como tema principal, em três abordagens: Educar para o futuro; Educar para amanhã; Educar para beneficiar.

De facto, existe a necessidade urgente de repensar sobre a nossa forma de agir e incutir em todos nós, nomeadamente nos mais novos, uma consciência crítica sobre a problemática florestal e ambiental.

O principal objectivo destas Jornadas, foi levar os participantes a uma reflexão sobre a importância da preservação, valorização e incentivo à plantação de espécies autóctones e a divulgação dos carvalhos na sua importância para a economia local, a fauna e flora a ele associada e as manchas de carvalhais no território do Cávado.

As sessões plenárias do segundo dia centraram-se nas estratégias de valorização do território levadas a cabo por atores tão diferentes como entidades governamentais, associações empresariais e florestais, Associações de Compartes, cuja interação deve estar articular entre si e com os proprietários dos espaços, no sentido de promover uma silvicultura com vista a uma melhoria do valor total do povoamento e um rendimento económico sustentável, procurando assegurar as condições naturais. Possibilitou aos participantes contributos para a sustentabilidade nas suas diferentes vertentes, com benefícios para o proprietário florestal, a sociedade e o meio ambiente em geral.

A Silvicultura Próxima da Natureza é aplicada em muitos países da Europa e tem tido um grande interesse pela sua aproximação aos processos naturais e aos seus benefícios económicos, ecológicos e sociais, favorecendo a conciliação da economia com a ecologia, contribuindo para uma floresta sustentável, multifuncional, integrada e rentável. Permite melhorar a rentabilidade económica, com criação de valor e melhoria produtiva do povoamento florestal, possibilitando receitas periódicas, de forma continuada, ao mesmo tempo que promove e integra um conjunto de serviços do ecossistema, como sejam o sequestro e armazenamento de carbono, a conservação da biodiversidade, a conservação do solo e da água e a preservação da paisagem.

Tendo este evento também o objetivo de reunir os professores, que localmente divulgam estes temas junto dos seus alunos e promovem a construção de uma geração preocupada com a floresta, o Centro de Formação da Ordem dos Biólogos certificou o evento como ação de formação de 20h. Juntaram-se 80 professores de vários grupos disciplinares que serão atores essenciais na transferência de conhecimento e valorização das vantagens ambientais e económicas destas espécies porque a floresta autóctone é uma floresta de futuro.

A organização agradece a todos a presença e disponibilidade, contributos, e mantém o objetivo de fomentar a reflexão sobre a importância da preservação, valorização e incentivo à plantação de espécies autóctones e a divulgação dos carvalhos na sua importância para a economia, convidando-os à participação nas V Jornadas Técnicas dos Carvalhos.