Sabia que as plantas, através do processo de fotossíntese, utilizam e armazenam o carbono que contribui para a regulação do clima? Ou que as abelhas ao realizarem a polinização asseguram a produção agrícola? Todos sabemos que as florestas fornecem madeira, cortiça e frutos ou sementes, mas sabia que as florestas também contribuem para a redução da poluição do ar, ao reterem partículas e poeiras, e na purificação da água? No mesmo sentido, as áreas florestais reduzem a probabilidade de cheias e influenciam a precipitação a nível local e regional. Para além disso, quantas vezes utilizou a floresta e os bosques como um espaço de lazer e recreio e apreciou o quão bonita é a paisagem nesses locais?
Os Serviços dos Ecossistemas podem ser definidos como as condições e processos através dos quais os ecossistemas naturais e as espécies contribuem com os seus processos biofísicos ou estruturas para gerar uma função do ecossistema que pode ser traduzida num serviço que gera o bem-estar humano.
Atualmente, o sistema de classificação mais utilizado pelos cientistas e decisores políticos para os Serviços de Ecossistemas é o CICES, criado em 2009, que permite uma classificação internacional comum que viabiliza o cálculo económico do valor dos serviços de ecossistemas.
O CICES reconhece três principais categorias de Serviços dos Ecossistemas:
Produtos obtidos dos ecossistemas para alimentação (culturas agrícolas e a criação de animais) e materiais (fibras e outros recursos provenientes de plantas, algas e animais)
Benefícios obtidos pela manutenção das condições físicas, químicas e biológicas dos ecossistemas, como o sequestro e armazenamento de carbono, ou pela intermediação dos fluxos que aí acontecem como a proteção do solo e prevenção da erosão
Interações físicas, intelectuais, simbólicas ou espirituais com os ecossistemas e paisagens inerentes , como acontece no turismo e outras atividades de lazer e recreio na natureza