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Jorge Manuel Martins Dias

Licenciado em Engenharia Florestal pela UTAD em 1994 e Pós-graduado em Ciências do Ambiente, Área de Especialização em Qualidade Ambiental pela Universidade do Minho em 1998.
Técnico Superior do Parque Nacional da Peneda-Gerês (1994-2003),
Presidente da Comissão Diretiva do Parque Natural de Montesinho (2003-2007),
Técnico Superior do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (2007-2012),
Técnico superior do Instituo de Conservação da Natureza e Florestas (2013-2019),
Chefe de Divisão de Gestão de Áreas Públicas Florestais do Norte (2019-2021) e
Atualmente Diretor do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Norte.

Sinopse da comunicação

O Parque Nacional da Pene-Gerês celebrou no passado dia 8 de Maio o seu 51º Aniversário. Foi a primeira área protegida a ser criada em Portugal, integrando a Direção Geral de Serviços Florestais e Aquícolas, tornando-se num marco histórico para a Conservação da Natureza, em Portugal.
Só em 1975, o Estado Português, cria a Secretaria de Estado do Ambiente e o Serviço Nacional de Parques Reservas e Património Paisagístico (SNPRPP), em 1987 é elaborada a Lei de Bases do Ambiente que regulamenta a Rede Nacional de Áreas Protegidas, em 1993 é criado o Instituto de Conservação da Natureza (ICN), em 2007 o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) e em 2012 o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Ao longo deste período Portugal assumiu um conjunto de Compromissos Internacionais e Comunitários. Em 1979 a Convenção de Berna, relativa à Vida Selvagem e aos Habitats Naturais na Europa, em 1980 a Convenção RAMSAR, sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional, em 1992 a Convenção sobre Diversidade Biológica, relativa à Biodiversidade, em 1991 foi transporta a Diretiva Comunitária sobre as Aves e em 1997 Diretiva Comunitária sobre os Habitats.
Atualmente existe a Rede Fundamental da Conservação da Natureza, constituída pelo Sistema Nacional de Áreas Classificadas (Rede Nacional de Áreas Protegidas e a Rede Natura 2000) e pelas áreas de continuidade (Reserva Ecológica Nacional, Reserva Agrícola Nacional e Domínio Hídrico). Esta Rede é, seguramente, o garante do desenvolvimento sustentável da nossa sociedade, é uma Rede de vida e diversidade biológica, permitindo que a humanidade possa evoluir socialmente e economicamente.
O Parque Nacional da Peneda-Gerês está a dar os primeiros passos da sua existência. Passados 51 anos, as transformações sociais, económicas e culturais da nossa sociedade e dos residentes no Parque, colocam desafios de grande complexidade à sua gestão. Continuando a existir uma perceção muito distinta pelos diversos atores que desenvolvem atividades no território do PNPG.
Estamos no início de uma longa caminhada. O PNPG é um território de oportunidades, de diversidade biológica e cultural, sendo necessário compatibilizar as atividades desenvolvidas com a preservação dos valores naturais e culturais.